06 janeiro 2009

O QUARTO BRANCO

Despertou em meio a uma imensidão branca. Para todos os lados que conseguiu mover seu olhar, aquela cor imperava solitária.
Não conseguia se mover.
Seus olhos se acostumaram com a luz que vinha do teto. Situou-se no ambiente: o quarto retangular deveria ter, aproximadamente 5 por 7 metros e não era possível identificar nenhum sinal de porta, janela ou outra forma de sair dali.
Talvez existissem móveis, impossíveis de se identificar apenas com a visão, mas ao menos tinha a certeza de estar sozinho. Melhor assim, já que ainda não era possível se mover.

Sem noção de quanto tempo havia se passado, conseguiu se mover, ainda precariamente e sem muita desenvoltura, mas não estava mais imóvel. Agora deveria buscar um meio de sair...
Foi quando, repentinamente, a luz se apagou. Um barulho surdo, ainda distante, foi ouvido. Sentiu que alguém mais estava ali, e havia passado bem próximo dele, podia sentir seus movimentos.
Um frio lhe gelou a espinha.
Sentiu toda a fúria da primeira mordida, era certo que algum pedaço de seu corpo havia sido arrancado.
Depois disso não sentiu mais nada...

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